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Cientistas anunciam feito inédito em fusão nuclear e abrem caminho para energia limpa infinita


O Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou oficialmente, nesta terça-feira (13), uma conquista histórica na fusão nuclear: pela primeira vez, cientistas americanos produziram mais energia a partir da fusão do que a energia do laser usada para alimentar o experimento.


O chamado “ganho de energia líquida” é um marco importante em uma tentativa de décadas de obter energia limpa e ilimitada a partir da fusão nuclear – a reação que ocorre quando dois ou mais átomos são fundidos.


A fusão nuclear acontece quando dois ou mais átomos são fundidos em um maior, um processo que gera uma enorme quantidade de energia limpa que não polui a atmosfera e não produz material radioativo.


O experimento colocou 2,05 megajoules de energia no alvo e resultou em 3,15 MJ de saída de energia de fusão – gerando mais de 50% a mais de energia do que foi colocado. É a primeira vez que um experimento resultou em um ganho significativo de energia.


A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas no National Ignition Facility do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, em 5 de dezembro – uma instalação do tamanho de um estádio esportivo e equipada com 192 lasers.


A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, chamou o avanço de uma “conquista histórica” em um comunicado.

No comunicado, Granholm disse que os cientistas de Livermore e outros laboratórios nacionais fazem um trabalho que ajudará os EUA a “resolver os problemas mais complexos e urgentes da humanidade, como fornecer energia limpa para combater a mudança climática e manter um impedimento nuclear sem testes nucleares”.


A diretora de Livermore, Dra. Kim Budil, chamou as tentativas dos cientistas de realizar a ignição por fusão no laboratório de “um dos desafios científicos mais significativos já enfrentados pela humanidade” e elogiou o trabalho dos cientistas de seu laboratório.


“Alcançá-lo é um triunfo da ciência, da engenharia e, acima de tudo, das pessoas”, disse Budil em um comunicado. “Atravessar este limiar é a visão que conduziu 60 anos de busca dedicada. Esses são os problemas para os quais os laboratórios nacionais dos EUA foram criados para resolver.”



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