Principais problemas encontrados em Osmose Reversa (OR) e suas possíveis causas
Atualizado: 14 de dez. de 2024

Os sistemas de osmose reversa (OR) são amplamente utilizados para purificação e desmineralização de água em várias aplicações. No entanto, a operação desses sistemas requer certos cuidados, pois pode-se enfrentar alguns problemas que afetam seu desempenho e longevidade.
Apresentamos abaixo um resumo dos problemas mais comuns que ocorrem durante a operação de um sistema de OR e suas possíveis causas:
1. Fouling (incrustação): O fouling é a deposição de materiais sobre a superfície da membrana, o que resulta em uma diminuição do fluxo permeado. As causas podem incluir:
- Fouling por óxidos metálicos: causado por metais como ferro, manganês e alumínio.
- Fouling coloidal: devido a coloides orgânicos suspensos na água de alimentação.
- Fouling biológico: gerado por crescimento microbiológico, mais comum na região da alimentação e concentrado.
2. Scaling (precipitação): Ocorre quando compostos dissolvidos, como o sulfato de cálcio (CaSO4) ou sílica (SiO2), atingem o limite de solubilidade e começam a precipitar sobre a membrana, especialmente nas últimas etapas do sistema na região do concentrado. Isso resulta em uma redução do fluxo de permeado e um aumento na pressão diferencial.
3. Fouling orgânico: Esse tipo de fouling é causado por compostos orgânicos que não são removidos no pré tratamento e pode ser verificado através de análises destrutivas como o FTIR. Pode ocorrer em todas as etapas do sistema e provoca uma redução no fluxo normalizado de permeado.
4. Problemas de juntas ou vazamentos: Danos nos O-rings (juntas tóricas) ou nas extremidades das membranas podem causar um aumento na passagem de sal e pressão normal, afetando a eficiência do sistema.
5. Ataque por oxidantes, como cloro: O cloro residual presente na água de alimentação pode danificar a membrana por oxidação, especialmente nas primeiras etapas e nas primeiras membranas. É importante realizar a eliminação do cloro livre por carvão ativado ou adição de bissulfito de sódio para proteger as membranas de PA (poliamida).
6. Baixa vazão do concentrado: Operar o sistema com um nível de recuperação acima do projetado pode causar uma alta concentração de sólidos no rejeito, aumentando o risco de incrustação por precipitação e danificando o sistema a longo prazo. Por isso se deve sempre respeitar a vazão mínima do concentrado dada pelo fabricante.
No geral, o monitoramento contínuo de parâmetros como fluxo de permeado, passagem de sal e pressão diferencial é essencial para detectar esses problemas antes que se agravem. A limpeza regular e a otimização do pré-tratamento são fundamentais para manter a eficiência e prolongar a vida útil das membranas.
Na imagem acima apresentamos um resumo dos principais sintomas apresentados por estes problemas.
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