Carvão ativado como solução para remoção de odor e sabor desagradável da água
- Moisés Antônio Benvegnú
- 3 de abr.
- 2 min de leitura

Durante os meses mais quentes, é comum que águas de abastecimento captadas em mananciais superficiais lênticos, como lagos, reservatórios e barragens, apresentem problemas de odor e sabor desagradáveis.
Esse fenômeno está associado, principalmente, à proliferação excessiva de algas e cianobactérias na água, fenômeno conhecido por floração, estimulada por fatores como alta incidência solar, temperaturas elevadas e excesso de nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo, provenientes geralmente do lançamento de efluentes sanitários, agrícolas ou industriais, sem o tratamento adequado.
As cianobactérias produzem compostos orgânicos voláteis como a geosmina e o 2-metilisoborneol (2-MIB), que conferem um odor terroso ou mofo na água. Ambos os compostos podem ser detectados pelos consumidores mesmo em concentrações extremamente baixas, na faixa de nanogramas por litro, tornando-se um desafio para as estações de tratamento de água (ETAs).
A liberação desses compostos na água ocorre tanto durante o metabolismo ativo das cianobactérias quanto após sua morte e decomposição. Assim, eventos de floração seguidos de mortalidade massiva dessas algas podem intensificar significativamente os problemas de gosto e odor na água.
Alguns gêneros de cianobactérias também podem produzir toxinas, como a microcistina, que causam intoxicações agudas e crônicas, as quais podem ter ação hepática ou neurológica.
Entre as alternativas viáveis para a remoção dessas substâncias e, consequentemente, do odor e do sabor da água, está a adsorção em carvão ativado (CA).
No entanto, a eficiência do CA depende do tipo utilizado (em pó ou granular) e das características da substância a ser removida, pois a massa molecular desta está diretamente relacionada ao tamanho dos poros dos grãos do CA. A escolha adequada do CA requer conhecimento prévio de suas propriedades e a realização de ensaios laboratoriais.
O CA em pó (CAP) é adicionado geralmente à água bruta ou pré-oxidada através de uma suspensão preparada na estação, enquanto o carvão ativado granular (CAG) é utilizado em colunas filtrantes após a filtração em ETAs.
O CAP tem menor custo de instalação, sua aplicação pode ser sazonal, e não há custos com regeneração do carvão, mas sua eficiência de adsorção é inferior à do CAG (pois as colunas recebem água filtrada como afluente), além de gerar mais lodo. O CAG possui pequenos poros e grande superfície interna, enquanto o CAP tem poros maiores e menor superfície interna.
Em situações em que a água fornecida pela ETA ainda contenha algum odor ou sabor residual, pode-se utilizar filtros cartuchos de carvão ativado em purificadores e filtros residenciais.
A BBI Filtração fornece diversos tipos de elementos filtrantes para tratamento de água, incluindo carvão ativado, zeólitas, resinas de troca iônica, membranas e cartuchos. Possui fabricação própria de cartuchos de carvão ativado, a linha Carbon Block.
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