Contaminantes Emergentes: Principais Grupos, Problemas Causados e Processos para Remoção
- Moisés Antônio Benvegnú
- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 2 dias

Os contaminantes emergentes são substâncias que não são tradicionalmente monitoradas em estações de tratamento de água, esgoto e efluentes, mas que despertam crescente preocupação devido aos seus potenciais efeitos adversos à saúde humana e ao meio ambiente.
Entre os principais grupos de contaminantes emergentes estão os fármacos (como antibióticos, analgésicos e hormônios), produtos de cuidados pessoais (cosméticos, protetores solares e fragrâncias), pesticidas, subprodutos de desinfecção, microplásticos, nanomateriais e compostos perfluorados (como o PFOS e o PFOA).
Esses compostos são frequentemente encontrados em baixas concentrações (ng/L a µg/L), mas ainda assim são capazes de causar impactos significativos, especialmente pela exposição crônica e pela ação combinada com outros poluentes.
Os efeitos desses contaminantes na água são diversos. Muitos atuam como desreguladores endócrinos, interferindo no sistema hormonal de seres humanos e animais, podendo causar problemas reprodutivos, alterações no crescimento e até câncer.
Antibióticos descartados inadequadamente favorecem a proliferação de bactérias resistentes, o que representa um sério risco à saúde pública. Compostos como os PFAS, por sua vez, são extremamente persistentes no ambiente e bioacumulativos, sendo associados a distúrbios metabólicos, imunológicos e hepáticos.
Além disso, a presença de contaminantes emergentes nos corpos d'água pode afetar diretamente a biodiversidade aquática, comprometendo cadeias alimentares e processos ecológicos naturais.
Os processos convencionais de tratamento de água e esgoto, como a decantação, filtração e cloração, geralmente não são eficazes na remoção completa desses compostos. Por isso, tecnologias avançadas têm sido desenvolvidas para enfrentar esse desafio.
Entre os principais métodos de remoção destacam-se os processos de oxidação avançada (POAs), que utilizam radicais hidroxila altamente reativos para degradar moléculas orgânicas complexas; a adsorção em carvão ativado; a osmose reversa e a nanofiltração, que atuam por separação física; além do uso de biorreatores com membranas (MBR) e tratamento com ozônio.
No entanto, muitos desses processos ainda apresentam alto custo e exigem infraestrutura e operação especializadas, sendo, portanto, um desafio para ampla adoção, especialmente em países em desenvolvimento.
Assim, o controle dos contaminantes emergentes exige uma abordagem integrada, envolvendo não apenas tecnologias avançadas de tratamento, mas também mudanças nas práticas de consumo, descarte consciente e atualização da legislação ambiental.
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