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Dessalinização de Água: 2025 - 60 anos de uma Revolução Tecnológica

A dessalinização de água por osmose reversa é uma das inovações mais revolucionárias do século XX. Nos anos 60, enquanto a usina de dessalinização térmica já operava em Point Loma na Califórnia, um novo método começava a ganhar destaque desde os laboratórios da famosa universidade da Califórnia UCLA. 



O processo de osmose já era conhecido a mais de 150 anos, mas não se conseguia elaborar um polímero que pudesse ser usado em larga escala. Então, o professor Sidney Loeb, e seu aluno de doutorado Srinivasa Sourirajan, aperfeiçoaram a técnica de obtenção de uma membrana polimérica feita a partir do acetato de celulose que retivesse os sais e resistisse às altas pressões que são necessárias para reverter o processo de osmose direta. Com a obtenção deste polímero em folhas de alguns m², eles então propuseram fazer um rolo em espiral com estas lâminas, conectadas entre elas até um tubo central coletor. Uma vez a água passando pela membrana, se dirigia já sem sais até o tubo. Nascia então a osmose reversa como a conhecemos hoje.


A primeira planta piloto com este sistema foi instalada em 1965 na cidade de Coalinga, na Califórnia. Esta cidade foi escolhida porque sua principal fonte de água, um aquífero subterrâneo, havia se tornado imprópria para consumo, devido à alta concentração de minerais. A planta piloto foi capaz de purificar essa água e produzir cerca 22 mil litros de água potável por dia.


A planta e a tecnologia de osmose reversa se mostraram promissoras, mas enfrentaram desafios significativos. O valor de construção dos módulos ainda era alto, as membranas eram muito sensíveis às variações de pH e temperatura, e saturavam rapidamente com material orgânico e os próprios sais concentrados na superfície. No entanto, o sucesso inicial em Coalinga provou que a osmose reversa era viável e abriu caminho para melhorias que vieram nas décadas seguintes.


Nestes 60 anos que se passaram desde esta primeira tentativa em larga escala de utilização de osmose reversa no tratamento de água, muitos avanços já foram alcançados. Atualmente, as membranas são muito mais mais resistentes, eficientes e homogêneas, como as compostas de poliamida (PA), que são as mais utilizadas hoje em dia


Assim como a dessalinização térmica, a osmose reversa era inicialmente cara. No entanto, ao contrário dos métodos térmicos, a osmose reversa mostrou-se mais eficiente em termos energéticos, especialmente com o avanço das tecnologias de recuperação de energia, que levam o consumo de uma planta próximo a 2,8 kW/m³ de permeado.


A usina de Coalinga foi o ponto de partida para a revolução da osmose reversa. Hoje, essa tecnologia é a mais utilizada no mundo para dessalinização de água do mar, com plantas gigantescas em Israel, Arábia Saudita, e outros países.


BBI Filtração possui membranas de osmose reversa de marca própria, e também é distribuidora das Membranas de Osmose Reversa da LG Chem / LG Water Solutions.


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