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Etapas para Remoção de Matéria Orgânica em Efluentes: Forma Particulada e Dissolvida

  • Foto do escritor: Moisés Antônio Benvegnú
    Moisés Antônio Benvegnú
  • 3 de jul.
  • 2 min de leitura

A matéria orgânica presente em esgotos sanitários e efluentes industriais é quantificada principalmente por dois parâmetros: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO)


Ambos indicam a concentração de matéria orgânica de forma indireta, sendo que a DBO mede a quantidade de oxigênio consumida por microrganismos na decomposição da matéria orgânica biodegradável, enquanto a DQO mede todo o material oxidável, incluindo frações não biodegradáveis.


Essa carga orgânica pode estar presente em duas formas: particulada e dissolvida. A fração particulada está presente nos sólidos suspensos e sedimentáveis, e também, em menor quantidade, nos sólidos grosseiros. Essa parcela é tratada inicialmente nas etapas de pré-tratamento e tratamento primário


No pré-tratamento, equipamentos como Grades (manuais ou mecanizadas), Peneiras e Desarenadores são utilizados para remover sólidos grosseiros e areia, sendo que uma parcela da matéria orgânica particulada, agregada nos sólidos grosseiros e areia, também acaba sendo retida nesta etapa. 


No tratamento primário, equipamentos e sistemas são empregados para separar da água a maior parte dos sólidos suspensos (por sedimentação ou flotação), sólidos sedimentáveis e material flutuante, como óleos e gorduras. Alguns equipamentos e sistemas utilizados nesta etapa são: Decantador Primário, Flotador por Ar Dissolvido (DAF) e Flotodecantador (que reúne os processos de decantação e flotação no mesmo equipamento.


Já a fração dissolvida é composta por compostos orgânicos solúveis, como açúcares, álcoois, ácidos orgânicos e proteínas de baixa massa molecular, que não podem ser removidos por processos físicos convencionais. A remoção dessa parcela ocorre principalmente no tratamento secundário (ou biológico), onde a ação de microrganismos decompõem esses compostos, utilizando-os como alimento no seu crescimento e reprodução.


No tratamento biológico aeróbio, os sistemas mais utilizados são os reatores tipo Lodos Ativados, Lodos Ativados em Batelada (SBR), Biorreatores de Membrana (MBR), Filtros Aerados Submersos, Filtros Percoladores, Reatores de Biofilme em Leitos Móveis (MBBR) e Lagoas Aeradas. Esses sistemas requerem aeração forçada para manter a atividade microbiana, que pode ser através de aeração mecânica ou por ar difuso.


Já no tratamento anaeróbio, que não necessita de oxigênio, destacam-se os reatores UASB para tratamento de esgoto sanitário, e os biodigestores para efluentes com alta carga orgânica. No processo anaeróbio há geração de biogás, porém também podem ser gerados gases, como sulfeto de hidrogênio, que possuem odor bastante desagradável e podem causar corrosão em peças metálicas e concreto.


A eficiência do tratamento depende do equilíbrio entre remoção da fração particulada nas etapas iniciais e a decomposição da matéria orgânica dissolvida nas etapas biológicas. Um tratamento bem dimensionado assegura a redução da DBO e DQO a níveis compatíveis com os padrões de lançamento nos corpos hídricos ou reúso.


Com ampla experiência no desenvolvimento de soluções para tratamento de efluentes, a Linsul oferece equipamentos e sistemas que se integram a essas etapas de forma eficiente, segura e alinhada às exigências de cada processo.


Se a sua estação precisa de soluções confiáveis para remoção da carga orgânica, entre em contato e saiba como a Linsul pode contribuir: linsul.com.br



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