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Limpeza Química de Membranas de Osmose Reversa - CIP: Parte 1


O processo de osmose reversa (OR) utilizando as membranas espirais atuais já possui mais de 50 anos. Hoje em dia é possível compactar mais de 40 m² de lâminas de membranas em um rolo com 1 metro de altura e um pouco mais de 20 cm de diâmetro. Cada um desses rolos, chamados de elementos, podem produzir mais de 30 m³ de água permeada por dia.


Estes avanços só foram possíveis com a criação de membranas cada vez mais finas com igual resistência mecânica e espaçadores (malha que separa as membranas entre elas) com uma geometria especialmente desenhada para permitir que o fluxo de água sempre esteja removendo o que vai se concentrando próximo às paredes da membrana.


Porém, mesmo com estes avanços tecnológicos, a zona de alimentação e concentrado de uma membrana de OR é um meio com muita propensão à cristalização de sais e ao acúmulo de nutrientes para crescimento microbiológico. Estes materiais que se acumulam nas paredes das membranas acabam reduzindo a produtividade da OR e, se não tratada no momento certo, pode acarretar em uma perda irreversível de permeabilidade do equipamento. Por isso, conhecer o elemento contaminante predominante e a frequência de limpeza química é fundamental para aumentar a vida útil das membranas.


A limpeza química adequada apresenta as seguintes vantagens:

- Pode prolongar a vida útil das membranas de OR em até 30%;

- Melhora significativamente a qualidade da água produzida;

- Reduz o consumo energético da planta. 


De modo geral, o CIP (do inglês, clean-in-place) deve ser efetuado cada vez que se atinja qualquer uma destas 3 condições na operação:

- Vazão de permeado se reduz 10%;

- Diferencial de pressão entre alimentação e concentrado sobe 15%;

- Passagem de sais aumenta 5%.


Estas condições devem ser sempre normalizadas, ou seja, ajustadas para que levem em consideração as variações da viscosidade da água com relação a temperatura.


A limpeza química envolve a utilização de soluções químicas específicas para dissolver os depósitos acumulados na superfície da membrana. O tipo de solução química a ser utilizado depende do tipo de contaminante e do tipo de membrana. É importante seguir as recomendações do fabricante da membrana em relação às soluções químicas e procedimentos de limpeza para evitar danos à membrana. 


A limpeza química deve ser realizada regularmente, com base na frequência de uso e nas condições da água de alimentação. É importante lembrar que a limpeza química não deve ser vista como um substituto para a manutenção adequada da membrana, incluindo o pré-tratamento adequado e a proteção contra os danos mecânicos. 


Nesta série de 3 posts, vamos falar também sobre as características das limpezas alcalina e ácida, e suas particularidades.


A BBI Filtração possui membranas de osmose reversa de marca própria, e também é distribuidora das Membranas de Osmose Reversa da LG Chem / LG Water Solutions.


Entre em contato: bbifiltracao.com.br


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