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Monitoramento e Tratamento de Efluentes Sanitários: Parâmetros e Processos Essenciais

  • Foto do escritor: Moisés Antônio Benvegnú
    Moisés Antônio Benvegnú
  • 8 de ago.
  • 3 min de leitura
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A gestão eficaz de uma Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários (ETE) é fundamental para a preservação do meio ambiente e a saúde pública. Para assegurar o atendimento à legislação vigente, um rigoroso monitoramento de parâmetros específicos é indispensável.


Confira abaixo, ou no carrosel ao final do texto, os principais parâmetros monitorados e exigidos pelos órgãos ambientais em ETEs:


  • DBO5,20 (Demanda Bioquímica de Oxigênio): Mede a quantidade de oxigênio consumida por microrganismos para decompor a matéria orgânica biodegradável em cinco dias, a 20ºC. É um indicador importante da carga orgânica presente e do impacto potencial do efluente no corpo receptor, pois o consumo excessivo de oxigênio pode comprometer a vida aquática.


  • DQO (Demanda Química de Oxigênio): Quantifica a matéria orgânica e inorgânica oxidável presente no efluente, utilizando um agente químico forte. Complementa a DBO, indicando a carga orgânica total e a fração não biodegradável, sendo essencial para avaliar a eficiência global do tratamento.


  • Sólidos: Refere-se à matéria sólida não dissolvida, que pode causar turbidez, assoreamento de rios e lagos, e dificultar a penetração da luz em corpos d'água, impactando a fotossíntese e os ecossistemas aquáticos. Normalmente é exigido o monitoramento dos Sólidos Sedimentáveis (SS), referente aos sólidos com densidade suficiente para sedimentar, e os Sólidos Suspensos Totais (SST), que engloba todos os sólidos não dissolvidos, inclusive os que não sedimentam.


  • Nitrogênio Total (N Total): Inclui formas orgânicas e inorgânicas de nitrogênio (amônia, nitrato, nitrito). Seu excesso contribui significativamente para a eutrofização de corpos d'água e o crescimento descontrolado de algas. Além disso, em certas formas, pode ser tóxico a organismos aquáticos e prejudicial à saúde humana. Pode ser exigido apenas o monitoramento da amônia ou do Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK), que engloba o nitrogênio orgânico e o amoniacal.


  • Fósforo Total (P Total): Similar ao nitrogênio, o fósforo (em suas diversas formas) é um nutriente primário que, em concentrações elevadas, é um dos principais desencadeadores da eutrofização, levando à proliferação excessiva de algas e ao desequilíbrio de ecossistemas aquáticos.


  • Coliformes Termotolerantes: São indicadores de contaminação fecal e potencial presença de microrganismos patogênicos (causadores de doenças). Seu monitoramento é essencial para garantir a segurança sanitária e prevenir a transmissão de doenças de veiculação hídrica. Porém, sua presença não garante que a contaminação seja fecal. Como alternativa aos Coliformes Termotolerantes, pode ser exigido monitoramento da bactéria Escherichia coli (E.coli), pertencente ao grupo dos Coliformes Termotolerantes, porém de origem exclusivamente fecal.


  • pH: Mede se o efluente é ácido, neutro ou alcalino. Variações extremas de pH são prejudiciais à vida aquática e podem inibir a eficiência dos processos biológicos de tratamento dentro da própria ETE, além de corroer equipamentos.


  • Óleos e Graxas: Substâncias hidrofóbicas que formam película na superfície da água, impedindo a troca gasosa entre a atmosfera e o corpo d'água, prejudicando a vida aquática e causando problemas estéticos e operacionais na ETE.


Outros parâmetros normalmente exigidos são a Temperatura e os Materiais Flutuantes. Quando a ETE também recebe efluentes industriais, o órgão ambiental pode exigir monitoramento de substâncias orgânicas e inorgânicas específicas, como metais pesados e fenóis, por exemplo. 


Com ampla experiência no desenvolvimento de soluções para tratamento de efluentes, a Linsul Indústria e Soluções Ambientais oferece equipamentos e sistemas que se integram às etapas de tratamento dos efluentes de forma eficiente, segura e alinhada às exigências de cada processo. Entre em contato: linsul.com.br



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