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Nova técnica com uso de rocha é testada para frear mudança climática, removendo CO₂ do solo e do ar

  • Foto do escritor: Moisés Antônio Benvegnú
    Moisés Antônio Benvegnú
  • 27 de jun.
  • 2 min de leitura
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A técnica de Intemperismo Aprimorado de Rochas (ERW, na sigla em inglês), que emprega rochas britadas como o basalto moído, está emergindo como uma solução global promissora no combate às mudanças climáticas. Essa abordagem inovadora busca acelerar um processo geológico natural, no qual a interação da chuva com as rochas resulta na captura de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. O CO2 é então transformado em bicarbonato ou calcário, removendo-o permanentemente da atmosfera.


A aplicação dessas rochas moídas em grandes áreas de terras cultivadas, como plantações de açúcar no Brasil e fazendas de chá na Índia, demonstra o potencial de intensificar a capacidade do solo de absorver CO2. Além do sequestro de carbono, a adição dessas rochas pode aumentar a alcalinidade do solo, o que, por sua vez, pode trazer benefícios para o crescimento das culturas, agregando valor agrícola à iniciativa.


O ERW também se consolidou como um empreendimento lucrativo no crescente mercado de créditos de carbono. Empresas de diversos setores, incluindo tecnologia, aviação e moda, estão ativamente buscando adquirir esses créditos de projetos de ERW para compensar suas próprias emissões de gases de efeito estufa. Um exemplo notável dessa tendência é o acordo firmado entre o Google e a startup Terradot, visando a remoção de 200.000 toneladas de carbono. No Brasil, um projeto já anunciou a emissão de créditos de carbono verificados, indicando a expansão e a formalização dessa prática no país.


Apesar do entusiasmo em torno do potencial do ERW, a eficácia da técnica ainda é objeto de questionamento e pesquisa contínua. Um estudo conduzido nos Estados Unidos sugeriu que a aplicação de 50 toneladas de basalto por hectare poderia remover 10,5 toneladas de CO2 ao longo de quatro anos. Contudo, taxas de captura menores foram observadas em outras regiões, como em plantações de óleo de palma na Malásia e de cana-de-açúcar na Austrália. Cientistas alertam que as taxas de captura podem ser superestimadas, uma vez que dependem de variáveis cruciais como o tipo de rocha utilizada, as condições climáticas locais e o manejo da terra. Essa variabilidade ressalta a necessidade de mais estudos aprofundados para otimizar e validar a técnica de forma mais precisa e abrangente. Fonte: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2025/06/25/como-rochas-britadas-podem-ajudar-a-combater-a-mudanca-climatica.ghtml

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