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Sólidos no Esgoto

Atualizado: 17 de dez. de 2024

Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água. A fração restante inclui sólidos orgânicos e inorgânicos, suspensos e dissolvidos, bem como microrganismos. Ou seja, todos os contaminantes da água, com exceção apenas dos gases dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos. Portanto, é devido a essa fração de 0,1% que há necessidade de se tratar os esgotos.

Os sólidos podem ser classificados como sólidos em suspensão e sólidos dissolvidos. A separação é feita passando-se a amostra de esgoto por um papel filtro com porosidade de tamanho padronizado, entre 0,45 e 2,0 µm. A fração que ficou retida no filtro é referente aos sólidos suspensos, enquanto que a que passou é referente aos sólidos dissolvidos.

Tomando como base uma amostra de esgoto bruto com composição média, ou seja, com teor de sólidos totais igual a 1000 mg/L, os sólidos suspensos correspondem a aproximadamente 350 mg/L, e os dissolvidos a 650 mg/L.

Ao se submeter os sólidos a uma temperatura aproximada de 500°C, a fração orgânica é oxidada, ou seja, é volatilizada, permanecendo após a combustão apenas a fração inerte. Os sólidos voláteis apresentam uma estimativa da matéria orgânica nos sólidos, enquanto que os não voláteis, ou fixos, representam a matéria inorgânica, ou mineral.

Nesta mesma amostra, em relação a fração dos sólidos em suspensão, a concentração de sólidos fixos é em torno de 50 mg/L e de sólidos voláteis de 300 mg/L. Já em relação aos sólidos dissolvidos, 400 mg/L são fixos e 250 mg/L são voláteis.

Estas são as concentrações médias normalmente encontradas no esgoto bruto.

Outra classificação também utilizada é referente à sedimentabilidade dos sólidos. Para isso, utiliza-se um recipiente denominado Cone Imhoff, onde a amostra é deixada em repouso por 1 hora, e verificado o volume de sólidos suspensos que sedimentou. O resultado é expresso em mL/L. O Cone Imhoff aparece na imagem de fundo do vídeo.

A turbidez está associada aos sólidos em suspensão. Porém, este parâmetro não é monitorado normalmente no tratamento de esgoto. Ele é um parâmetro fundamental no tratamento de água. Esta aula faz parte do Curso Básico de Tratamento de Esgoto Sanitário. Saiba mais clicando AQUI.


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Referência bibliográfica para a produção do conteúdo:


VON SPERLING, Marcos. Introdução à Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos (Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias; vol. 1). 4ª edição. Belo Horizonte: Editora UFMG, 472p. 2014.


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