Limpeza Química de Membranas de Osmose Reversa (CIP) - Parte 2: Limpeza Alcalina
O primeiro passo para definir o protocolo de limpeza química é determinar o tipo de incrustação (ou do inglês fouling) predominante na membrana. Cada membrana é submetida a uma condição única, pois cada equipamento opera com uma qualidade de água de entrada, uma faixa de temperatura, uma automação, etc. Nem sempre determinar o protocolo de limpeza é algo simples. Neste post falaremos sobre as recomendações gerais aplicadas à limpeza química alcalina.
A limpeza alcalina para equipamentos de osmose reversa instalados em regiões tropicais, como o Brasil, quase sempre será necessária, porque as características das águas superficiais no País são justamente a presença de ácidos húmicos e fúlvicos, de presença natural. Estes compostos não são removidos totalmente em quase nenhum pré-tratamento (convencional ou até mesmo ultrafiltração) e estão presentes em temperaturas de operação que giram entre 20-25ºC formando um ambiente extremamente favorável à formação de biofilmes em qualquer tipo de incrustação.
A limpeza alcalina deve ser realizada sempre antes da limpeza ácida, especialmente quando o sistema sofre com incrustações de carbonato de cálcio combinadas com matéria orgânica ou biofilmes. É também recomendada para incrustações com sílica. A limpeza alcalina, geralmente é conduzida em um pH de 12.
Um dos produtos químicos mais utilizados na limpeza alcalina é o hidróxido de sódio (NaOH) em solução 0,1%, ou combinado com EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético), devido a sua alta eficiência na remoção de material orgânico. Alternativas incluem o uso de surfactantes como SDS (dodecil sulfato de sódio) para melhorar a remoção de óleos e outros compostos orgânicos difíceis de eliminar. A solução alcalina pode ser aplicada a temperatura ambiente ou aquecida até uma temperatura máxima de 35°C para aumentar a eficiência de limpeza.
O procedimento de limpeza alcalina envolve geralmente as seguintes etapas:
1. Preparação: A solução é preparada conforme as especificações do protocolo, misturando água permeada com os produtos necessários. Se mede rigorosamente o pH e a temperatura.
2. Introdução: A solução é recirculada no sistema por um período específico para garantir a remoção dos contaminantes.
3. Repouso (molho): Em casos de incrustações severas, um período de repouso é necessário, com verificações regulares do pH e da temperatura para garantir que a solução de limpeza permaneça eficaz.
4. Recirculação: Após o repouso, se verifica se o pH se reduziu em mais de 0,5, e caso positivo, é um sinal da ação da solução de limpeza e um novo ciclo pode ser necessário.
5. Enxágue: Caso a limpeza seja considerada satisfatória, se enxágua o sistema com água permeada até que o pH de saída se neutralize.
A BBI Filtração possui membranas de osmose reversa de marca própria, e também é distribuidora das Membranas de Osmose Reversa da LG Chem / LG Water Solutions.
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