Limpeza Química de Membranas de Osmose Reversa - CIP: Parte 3 - Limpeza Ácida

O protocolo de limpeza ácida das membranas é utilizado principalmente para remover depósitos inorgânicos, como incrustações de carbonato de cálcio, sulfato e óxidos metálicos.
As incrustações minerais, particularmente o carbonato de cálcio, são facilmente dissolvidas em soluções ácidas. O uso de ácidos, como o ácido clorídrico (HCl), fosfórico (H3PO4) e cítrico (C6H8O7), é comum para dissolver essas incrustações, restaurando a permeabilidade da membrana. Ao contrário da limpeza alcalina, estas soluções atuam reduzindo o pH da solução de limpeza para níveis ideais (geralmente entre pH 1 e 2), promovendo a solubilização dos depósitos minerais.
O ácido clorídrico é amplamente preferido por sua eficácia na remoção de carbonato de cálcio, enquanto o ácido fosfórico é uma alternativa útil para incrustações mais complexas. Já o ácido cítrico, embora de atuação mais branda, é utilizado em situações onde a segurança e a compatibilidade com o sistema são prioritários. É importante ressaltar que a utilização de ácido sulfúrico é desaconselhada devido ao risco de precipitação de sulfato de cálcio, que pode agravar os problemas de incrustação.
Assim como a limpeza alcalina, o processo de limpeza ácida envolve praticamente as mesmas etapas para garantir a remoção eficaz das incrustações sem danificar as membranas. Primeiramente, uma solução de ácido é preparada e introduzida no sistema. A solução é recirculada por um período, geralmente em torno de 30 minutos a uma hora, para garantir que todas as superfícies da membrana entrem em contato com o agente de limpeza. Em casos de incrustação severa, um tempo de molho em repouso prolongado é necessário, permitindo que o ácido dissolva completamente os depósitos.
Durante a limpeza, o pH da solução deve ser monitorado de maneira constante. Se o pH aumentar mais de 0,5, é necessário adicionar mais ácido para manter a eficiência do processo. Esse controle é essencial para evitar a neutralização prematura do ácido, o que reduziria a eficácia da limpeza. Após o período de recirculação e imersão, a solução é descarregada e enviada à estação de tratamento de efluentes, e o sistema é enxaguado com água permeada.
A limpeza ácida é eficaz, mas deve ser realizada com mais cautela do que a limpeza alcalina. Se realizada incorretamente, pode levar à degradação das membranas. Por exemplo, o ácido pode reagir com sílica e matéria orgânica, como ácidos húmicos, formando depósitos que são ainda mais difíceis de remover.
A eficiência da limpeza ácida também depende da natureza das incrustações e do tempo decorrido desde a última limpeza. Se a limpeza for adiada, os depósitos podem se tornar difíceis de remover, exigindo procedimentos mais agressivos que podem comprometer a integridade das membranas.
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